




Pushkar. "Brahma dropped a lotus flower on earth and Pushkar floated to the surface... A magical desert-edged place, with one of the few Brahma Temples. Rows of sacred gahts from a mystically magnetic lake where hundreds oh milky coloured temples and weather-touched domes sit beneath a shifting pale grey sky... pious pilgrins who are intoxicated by God and Bhang (marijuana)... The town clusters around Pushkar lake." (LP)
A descrição do LP esta perfeita. Um anel de montanhas envolve a cidade e o lago em torno do qual se aninha. As ruas, ou circulam em torno do lago ou vão lá dar directamente. Isso, sem que o seu desenho perca o ondear característico de uma cultura que não aposta muito nas linhas rectas. Azul. É azul como Chefchawen em Marrocos. E rosa. Não tem a estridência habitual das cores indianas.
Chove. E quando chove é uma delicia. As pessoas recolhem-se, desaparecem. E eu circulo. A cidade é minha. Ou quase. Ou é isso que eu sinto. Não é a chuva tropical de Hampi ou de Goa. É uma chuva mais tímida de quem reconhece que está à beira do deserto. Mas molha quem não anda com guarda chuva e remete os lojistas intervenientes que me abordam a cada passo - "where are you from? Comme in! Just to look!"- e envia-os directamente para dentro das suas lojas, onde reclinados em almofadas no chão ficam pacificamente a ver a chuva cair. E as montras são minhas. E apetece-me entrar nas lojas porque ninguém me assedia com conversa repetitiva.
De manhã muito cedo também funciona porque ainda estão um bocadinho a dormir.
Tenho 3 dias para deambular e fazer algumas compras - se me apetecer. Preciso de percorrer muitas vezes as ruas principais e as ruas próximo do hotel para me apropriar do sítio. A minha memória... Depois começo a sentir-me em casa com sítios preferidos para petiscar, ler o jornal, ir à net. E começo a alargar o circulo e a fazer incursões nas redondezas. Nao me é fácil criar um mapa mental dos lugares.
Hoje comi arroz frito com vegetais. Aqui ninguém usa ovos. São estritamenmte vegetarianos. Estava tão bom! O cozinheiro, novinho (está a aprender), ficou todo contente quando lhe disse que estava delicioso. Como a cozinha é mesmo junto à esplanada no terraço e não está muita gente no hotel passou-me pela cabeca pedir-lhe para me ensinar a receita. Mas não tive coragem. E o chá de manga é uma delícia.
Encontrei uma livraria e comprei um colar de turquesas. Confirmei o horário de retorno a casa no dia 23 - tarefa difícil. Estou na recta final e sinto-me óptima.
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