



Bylakupe, sede do mosteiro de Nandroling com o seu templo dourado. Local de refugio dos monges tibetanos expulsos pela China. Zona montanhosa dos Coorg, onde as vilas se desenvolvem em torno dos mosteiros.
8 horas de viagem de ida e volta. Levantei-me às 4h para lavar a cabeça da poluição de Mysore e fazer uma mini mochila para o caso de ter de dormir por lá. Estava fresco e previa-se chuva.
Apanhar uma camioneta, quando não há informação escrita, há muita desinformação oral, e as pessoas arranham um inglês esforçado, pode ser um calvário. Depois, nunca há um transporte directo. Tive de "intuir" o local da camioneta para kushinagar. Aí teria de apanhar um rikshaw para Sera, onde fica o mosteiro.
A informação na via rápida fez-me ver que tinha acertado - ia mesmo a caminho do meu objectivo. E tinha-me enganado noutra coisa - não eram oito horas de viagem, mas apenas quatro - duas para cada lado. Óptimo.
As ruas e caminhos das vilas por onde passamos àquela hora estavam cheias de miúdos a ir para a escola: elas com uniforme claro e tranças ou totós enfeitados com laços e flores: eles com calça e blusa clara e gravata!
O mosteiro de Nandrolim abriga uma quantidade enorme de serviços para os cerca de 5000 monges que lá vivem. O templo é lindo. Coberto de pinturas com cenas da iconografia budista por dentro e por fora. O altar principal contém 3 estatuas de Buda douradas com cerca de 18 m de altura.
Sentei-me no chão do templo, num canto, e fiquei a ouvir os cânticos das centenas de noviços que às 9h em ponto entraram e se sentaram a fazer as suas preces ao som do gongo e de outros instrumentos musicais. Pelas janelas do templo tinha-os avistado antes a tratar dos jardins e lagos onde os turistas não podem entrar.
Começou a chover. Abrigada numa explanada fora do templo, a tomar mais um lassi, senti que o contraste daquela calma, daquela paz, me tornavam insuportável o caos sujo de Mysore. E, se pudesse, iria nesse mesmo dia embora para Hampi.
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